Aparência se define como “aquilo que aparece”. Se você avaliar a aparência material ou avaliável, tudo é bem complexo e você verá que é por meio dela que nos expomos e mostramos quem e o que somos. Então, a forma do nosso corpo, a maneira de gesticularmos, nosso estilo de roupa e de cabelo revelam, sim, algo em nós. A insistência na busca pelo corpo e imagem perfeitos, estão indiretamente dizendo ao nosso inconsciente, o tempo todo, o que o indivíduo deve avaliar em comparação aos moldes ideais. Mas será que os modelos são ideais? Ideais para quem? Para nós ou para alguns? O que é ser ideal? Ser ideal é ser o melhor? O Maior? O perfeito? Só por fora? E por dentro? Como devemos ser? Ser ideal por dentro, isto é o ideal. Porque o ser humano só pensa em aparência externa e não no seu “eu” interior, nos valores interiores. Além do que, o tempo é implacável e ninguém pode segurá - lo e ele chega para todos na mesma proporção, sem distinção de raça, cor, ou sexo. Então de que adianta tanta preocupação com aparência? Por isso precisamos “conhecer” as pessoas como verdadeiramente elas são, conhece-las por dentro, porque o verdadeiro valor do ser humano está dentro de cada um e não na sua aparência. Anexo - Quando Leonardo da Vinci estava pintando a Santa Ceia, pintou Cristo e onze apóstolos através de modelos que convidava nas ruas. Procurando por um modelo para pintar Judas, saiu às ruas a procura de alguém. Após muito procurar encontrou este modelo - um mendigo bêbado jogado num canto de um local imundo. Levou o indivíduo ao seu atelier e após um banho e algumas horas de sono, o indivíduo olhou bem o local e disse: __Eu já estive aqui neste lugar! E olhando a obra por terminar disse: ___Aquele sou eu, você me usou como modelo para pintar a imagem de Cristo. Por este motivo podemos dizer com certeza que aparência externa não tem tantos valores como pensamos. “Aquele que aparece, nem sempre é o que parece.” MARIO BASTOS